terça-feira, 28 de agosto de 2012
Campanha abrange mais de 1,3 milhão de crianças
A partir de agora, a campanha de atualização da caderneta infantil passa a ser realizada todos os anos
A campanha de atualização da caderneta infantil terminou na última sexta-feira (24), com 1,3milhãode crianças vacinadascontra várias doenças no país. É a primeira vez que o Ministério da Saúde - em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde - realizou a estratégia. Durante a semana de atualização, foram disponibilizadas aos menores de cinco anos todas as vacinas do calendário básico da criança. A partir de agora, ocorrerá todos os anos, sempre no segundo semestre.
No primeiro semestre continuará será realizada a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite.
O principal objetivo da atualização da caderneta é reduzir as taxas de abandono do esquema vacinal e, consequentemente, o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis.
Foram ofertadas as seguintes vacinas: BCG, hepatite B, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).
NÚMEROS –Durante acampanha de atualização da caderneta de vacinação foram distribuídas megadoses de vitamina A para 56.125 crianças (18,7%). Com relação ao número de crianças que receberam vitamina A em 2012 (rotina e campanha), os dados chegam a mais de 1,8 milhão de crianças (62% da meta). Ao todo foram distribuídas, em 2012, 1.954.309 cápsulas de vitamina A.
Também foram aplicadas 2.259.916milhões de doses de vacinas em crianças menores de cinco anos. A vacina tríplice bacteriana (DTP) foi a mais administrada, com 456.385mil doses. Também foram aplicadas 381.177mil doses da vacina oral poliomielite; 374.724doses da tríplice viral; e 280.576doses da vacina pneumocócica conjugada 10 valente.
Para a operacionalização desta estratégia, o Ministério da Saúde repassou R$ 18,6 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. Em todo o país, a campanha contou com 34 mil postos de vacinação, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos.
PENTAVALENTE – Éinjetável e reúne em uma única aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, como meningite, e a vacina hepatite B. Significa uma picada a menos para as crianças.
A pentavalente será aplicada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Se a criança tiver começado o calendário com a tetravalente - sem que tenha terminado o esquema vacinal - deverá tomar a pentavalente.
Mas no caso de o município ter estoque remanescente da tetravalente, a criança poderá concluir o esquema com esta vacina.
Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a DTP. O primeiro deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical.
PÓLIO INATIVADA - As crianças que nunca foram vacinadascontra a paralisia infantil irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina inativada poliomielite, de forma injetável.
Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
As crianças que já começaram o calendário básico com a vacina oral continuam o esquema antigo com as gotinhas: dois meses, quatro meses, seis meses e 15 meses.
Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença.
O Brasil já está se preparando para utilizar apenas a vacina inativada quando ocorrer a erradicação da doença no mundo.
A vacina será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada) transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias (FUNED) estão desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações em quatro ou cinco anos.
Por Kattiúscia Souza Alves, da Agência Saúde – Ascom/MS
Fonte: Ministério da Saúde
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